terça-feira, 1 de novembro de 2016

As evidências mostram que a maior parte das doenças e maior parte das desigualdades na saúde são causados ​​por determinantes sociais, incluindo os determinantes em saúde.
Os determinantes sociais da saúde englobam as condições em que as pessoas nascem, crescem, vivem, trabalham e envelhecem. Essas condições influenciam a possibilidade de um indivíduo ser saudável, o seu risco de doença e esperança média de vida. As desigualdades sociais em saúde correspondem a diferenças indevidas e evitáveis ​​no estado de saúde entre os grupos na sociedade que resultam da distribuição desigual dos determinantes sociais.

Diabetes




A Diabetes Mellitus é uma doença que pode surgir tanto na infância como na adolescência ou idade adulta. Apesar dos esforços que se têm vindo a reunir para combater esta doença, a prevalência tem vindo a aumentar e Moçambique não é exceção.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a Diabetes Mellitus é uma doença crônica que ocorre quando o pâncreas não produz insulina (hormona reguladora de açúcar no sangue) suficiente, ou quando o corpo não pode utilizar eficazmente a insulina que produz. O que se traduz num aumento de glicose (açúcar) no sangue (hiperglicemia), que a longo prazo pode provocar diversas complicações no organismo.

Existem diversos tipos de diabetes, sendo os mais comuns, Diabetes Tipo 1, Diabetes Tipo 2 e Diabetes Gestacional.

No mundo, 347 milhões de pessoas têm diabetes e estima-se que em 2030 seja a sétima causa de morte. 

Relativamente à Diabetes tipo 2, esta é a mais frequente, e está associada a estilos de vida menos saudáveis, nomeadamente, a uma alimentação desequilibrada e de elevado valor energético, ao sedentarismo e ao excesso de peso corporal. A prevenção desta doença requer a adoção de estilos de vida saudáveis, como a realização de uma alimentação variada, equilibrada e completa; a prática de atividade física regular e o controlo do peso.

Obesidade


A obesidade é considerada uma doença crônica e de origem multifatorial. Os estilos de vida, como por exemplo, a alimentação desequilibrada e a inatividade física, são fatores que podem influenciar a prevalência desta doença, tanto em Portugal como no resto do Mundo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade é definida como um acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal que pode atingir graus capazes de afetar a saúde. É uma doença crônica, de origem multifatorial e está associada a doenças crônico-degenerativas.

Dados da OMS referem que todos os anos morrem no mundo 2,8 milhões de pessoas como resultado do excesso de peso. A mesma organização mostra que, em 2008, mais de 1400 milhões de adultos com mais de 20 anos tinham excesso de peso. No mesmo ano, mais de 200 milhões de homens e quase 300 milhões de mulheres eram obesos.

Em 2011, mais de 40 milhões de crianças com menos de 5 anos de idade, estavam acima do peso recomendado.

Vários dados têm mostrado uma relação direta entre o nível socioeconômico do país e a taxa de prevalência de pré-obesidade e obesidade do mesmo, ou seja, verifica-se uma maior proporção de pré-obesidade e obesidade nos grupos populacionais socioeconomicamente mais desfavorecidos.

Cancro



A alimentação, em particular o consumo regular de frutos e hortícolas, é uma das principais recomendações para a prevenção de cancro.

Cancro ou tumor maligno é o termo médico utilizado para denominar um vasto conjunto de doenças caracterizadas por um crescimento anormal e descontrolado das células e que, na maioria das vezes, formam uma massa chamada tumor. No entanto, alguns cancros, como os que ocorrem no sangue, não formam massas tumorais.

A investigação demonstra que determinados fatores de risco aumentam a probabilidade de desenvolver cancro. Os fatores de risco mais comuns, para o cancro, são a idade, o tabagismo, a radiação solar, a radiação ionizante, alguns vírus e bactérias, o álcool, a alimentação desequilibrada e de elevado valor energético, o sedentarismo, o excesso de peso, a hereditariedade, entre outros. Relativamente aos fatores de risco, deve, sempre que possível, evitá-los.

Saúde Oral



A globalização dos mercados teve um impacto significativo na dieta, levando a um consumo excessivo e, consequentemente, a doenças crónicas como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, cancro, osteoporose, mas também a doenças orais.

A saúde oral está relacionada com a dieta, por exemplo, através das influências nutricionais no desenvolvimento craniofacial, no cancro oral e nas doenças infeciosas orais. No entanto, o efeito mais significativo da alimentação é na dentição através do desenvolvimento da cárie dentária e da erosão do esmalte dentário.

Existem provas convincentes, através da realização de variados estudos, de uma associação entre a quantidade e a frequência de ingestão de alimentos ou bebidas açucaradas e a cárie dentária.

Os países com uma baixa ingestão de açúcares livres não devem aumentar o seu consumo, uma vez que a evidência disponível mostra que, quando o consumo de açúcares livres é inferior ao intervalo 15-20 kg /ano (6-10% o consumo de energia), a prevalência de cárie dentária é baixa.


Gravidez



Segundo a Organização Mundial de Saúde, a gravidez corresponde aos nove meses ou mais necessários para que uma mulher carregue, no seu ventre, o embrião em desenvolvimento e o feto.

A gravidez é, para a maioria das mulheres, um momento de grande felicidade e realização, no entanto, durante a gravidez, tanto a mulher como a criança em desenvolvimento enfrentam vários riscos à saúde. Por esta razão, é importante que todas as gravidezes devam ser monitorizadas pelos prestadores de cuidados especializados.

O estado nutricional da mulher antes de engravidar é muito importante, pois irá influenciar a saúde futura tanto da mulher como do bebé. Desta forma, recomenda-se a adopção de um estilo de vida saudável para optimizar a saúde da mãe e reduzir o risco de desenvolvimento de complicações durante a gravidez e de algumas doenças no bebé.

As recomendações para uma gravidez saudável incluem:

– Aumento de peso adequado;
– Prática regular de atividade física;
– Alimentação de acordo com os guias para uma alimentação saudável (“Roda dos Alimentos”);
– Suplementação adequada de vitaminas e minerais;
– Evitar o consumo de bebidas alcoólicas, tabaco e outras substâncias nocivas;
– Manipulação segura dos alimentos.
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